sábado, 11 de junho de 2016




AUGUSTE COMTE



Podemos com certeza nos referir a Auguste Comte como um sociólogo no sentido mais puro do ofício: além de ser o pai, o inventor deste termo, ele era também um estudioso devoto das relações no âmbito social, que em sua vida escreveu três grandes obras: "O Discurso Preliminar Sobre o Conjunto do Positivismo", "Catecismo Positivista" e a mais famosa, "Curso de Filosofia Positiva".

                             
    Com efeito, digamos que o principal a ser extraído da filosofia de Comte, o seu núcleo, seria que o progresso, a boa convivência e a organização da sociedade só poderia ser atingida com o maior desenvolvimento das faculdades mentais do homem, portanto, digamos que é somente quando a espécie atingir um determinado nível de conhecimento, que os problemas sociais serão solucionados, sendo este o estado Positivo, o mais alto estagio social, aquele que só o desenvolvimento na concepção comtiana pode proporcionar. Em sua obra mais famosa : "Curso de Filosofia Positivista", Comte cita os três estados a serem passados pelo homem, o Teológico, O metafísico e o Positivo, sendo que, este último já foi explicado no parágrafo anterior. O primeiro refere-se a fase inicial de qualquer sociedade, da qual a observação reduz-se a poucos casos, fazendo a imaginação desempenhar papel de primeiro plano, assim, o homem só consegue atribuir explicações sobrenaturais acerca dos acontecimentos, que geralmente são por meio de mitos, dogmas, deuses e etc, e daí vem o nome Teológico ( teo=deus, logia=pensamento). O metafísico seria o estado argumentativo, onde ainda existiriam resquícios do Teológico, porém, também presente um novo conteúdo presente: A razão, então é nessa que o homem busca uma verdade absoluta, que vale por si só, como diria Aristóteles, e essa verdade sairia do conflito entre religião e razão que produziria a resposta. Mais adentro de sua obra, Comte explica a vitoria da razão, e como essa proporcionou o "clima" para a conclusão do estado Positivo, que veio depois das conseguintes vitorias populares nas revoluções iluministas na Europa no século 18. Se fôssemos atribuir situações práticas a cada estado, portanto, exemplificando, diríamos que o Teológico poderia se relacionar com as sociedades tribais, ou, com fundamento totalmente religioso, respectivamente teríamos como dois exemplos as tribos Tupi aqui no Brasil e as sociedades egípcias. Se for um pouco mais ousado, basta olhar nossa bancada evangélica no congresso.


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O metafísico seria as sociedades argumentativas, como as greco-romanas e as humanistas do período renascentistas. Basta olhar as produções literárias desse período para obter sua resposta : "A Republica"-Platão, "Ética a Nicômaco"-Aristóteles , "Divina Comédia"-Dante, "O Principe"-Maquiavél, dentre outras. Nelas, vera temas como religião e razão, as vezes em associação, e as vezes em conflito.

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O Positivista como estado de absoluto conhecimento e saber, seria a ramificação da vitoria da razão contra a religião no estado metafísico, portanto, sociedades onde o estado é laico e tem fundamento racional e iluminista, onde não são reis absolutistas que governam, e sim juristas, parlamentares, dentre outros cargos. Teríamos como exemplo as sociedades atuais do mundo livre.
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conclui-se do que foi refutado que, em vida, Auguste Comte foi essencial, e nos deixou muito saber sobre a filosófica história das sociedades e de seu convívio interno, de fato, uma observação além de valida, ótima : o "Curso de filosofia positiva" e suas diversas obras, são fontes de conhecimento que ainda tem muito a nos ensinar.


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Texto por Henrique Attuch







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